Durante a Assembléia Geral Ordinária do V.A.C.A. realizada no último dia 29 de março, enquanto o presidente BINHO fazia a prestação de conta de sua gestão à frente da Diretoria Executiva, por meio de uma explicação rica, clara, robusta e detalhada e que prendia a atenção de todos os companheiros presentes, um fato insólito veio à baila.
Eis que, num dado momento começou-se a ouvir um ruído repentino e continuado, percebido pelo amassar de uma latinha de refrigerante que vinha de baixo da mesa onde se encontravam o HIROSE e o VALEZI, produzindo incômodo e dificultando a atenção e concentração daquele seleto grupo de pessoas que participavam da Assembléia.
É oportuno dizer que esse tipo de barulho reiterado pode ocasionar um estado crônico de stress, que por sua vez leva a transtornos psicofísicos, doenças vasculares e alterações do sistema imunitário, podendo produzir surdez e efeitos patológicos, além de alterar significativamente o humor das pessoas.
Enquanto falava, o presidente BINHO olhava em direção às pessoas do HIROSE e do VALEZI, tentando identificar o autor daquela façanha inconveniente, ao mesmo tempo em que mostrava sua contrariedade.
O HIROSE percebendo o desconforto do BINHO cutucava discretamente com o pé a perna do VALEZI, sinalizando para que ele parasse com aquilo.
Como o VALEZI insistia em continuar com aquele rumor, o HIROSE, relutando apontar o autor daquele ato impróprio, para não passar por “dedo duro”, pois jamais se prestaria a isso, tratou de salvar a “própria pele”, ao colocar as mãos sobre a mesa, a indicar ao presidente, que ele não era o autor daquele “amassadouro”.
Diante da posição tomada pelo HIROSE, não restou ao VALEZI outra alternativa se não confessar a autoria, ao colocar sobre a mesa, suavemente, como que a clamar por piedade, ao apresentar a arma do crime, uma latinha de refrigerante toda retorcida, para gargalhada geral dos demais companheiros.